O roubo de diversos computadores da Universidade Federal do Espírito Santo poderia ter sido evitado se o campus contasse com a presença da segurança privada, feita por quem entende e é capacitado para isso. Agora a UFES “chora” o prejuízo e, apesar de não ter informado o número de equipamentos furtados apelou para a PF investigar o caso.
Antes dos policiais militares assumirem a segurança do local através de um convênio entre a UFES e o governo do Estado, eram os vigilantes patrimoniais que cuidavam do campus de Goiabeiras e, na época da atuação dos trabalhadores, nenhuma ocorrência como essa havia sido registrada.
O presidente do Sindseg-GV/ES, Serafim Gerson Camilo relembra que a Universidade Federal contava com ronda motorizada, um grande quantitativo de seguranças sempre a postos nas guaritas em pontos estratégicos. “Avalio que hoje, para fazer uma segurança eficaz em toda a universidade seriam necessários cerca de 60 vigilantes e posso afirmar sem dúvida alguma que esse roubo teria sido evitado”, afirma Serafim.
Com a retirada destes vigilantes o campus universitário ficou completamente abandonado diante do número insuficiente de policiais para o tamanho territorial da UFES. “O resultado desse abandono são os furtos que só agora a mídia começou a divulgar”, ressalta Serafim.
A briga pela manutenção da segurança privada dentro da Universidade Federal do Espírito Santo não é um assunto novo dentro do Sindseg-GV/ES. O sindicato, na época da assinatura do convênio entre a entidade e o governo do Estado foi para as ruas protestar contra tal atitude que, além de colocar em risco a segurança dos estudantes universitários, deixou o patrimônio público fragilizado.
“Ficamos meses participando de debates a respeito da segurança da UFES, fizemos um trabalho de conscientização dentro da universidade com todos os envolvidos, panfletamos, protestamos, fizemos reuniões com o reitor na tentativa de reverter a situação, mas o resultado foi esse: o desmonte da Universidade Federal com roubos e furtos”, revolta-se o presidente do sindicato.
Será que agora a UFES e o governo do Estado conseguem enxergar a importância da presença dos vigilantes dentro do campus da UFES?
Reportagem: Assessoria de Imprensa do Sindseg-GV/ES (Mary Martins)