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Preço da cesta básica aumenta após pandemia de novo coronavírus

Os preços do conjunto de alimentos básicos em abril aumentaram em 16 capitais em relação a março. É o que indicam os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, alterado para 7,5% com a Reforma da Previdência, a partir de março de 2020, a pesquisa conclui que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em abril, metade da jornada para comprar os alimentos básicos (50%).

Como foi feita a pesquisa?

Exceto em São Paulo, a pesquisa foi realizada por telefone e e-mail. A tomada especial devido à pandemia do novo coronavírus, apesar de apresentar diferença em relação à metodologia original do levantamento, indicou tendência de alta no valor da cesta básica.

Principais variações

Arroz e feijão

O feijão apresentou alta em todas as capitais pesquisadas e, mesmo relativizando a variação por conta da coleta parcial, os aumentos foram expressivos, indicando que o produto tem sido vendido por maior valor nos supermercados das capitais pesquisadas.


O tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, variou entre 5,59%, em Brasília, e 37,73%, em Campo Grande. Já o preço do feijão preto, pesquisado nos municípios do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, subiu mais na capital capixaba (29,96%).


A baixa oferta do grão com qualidade e a redução de área plantada devem manter a trajetória de elevação do preço do grão carioca.

Leite

O leite apresentou elevação de valor em 15 cidades. A alta registrada, no entanto, tem grande relação com a redução da oferta do produto devido à entressafra e à disputa pela matéria-prima por parte das indústrias de laticínios, o que elevou o preço pago aos produtores de leite e encareceu o derivado UHT nos estabelecimentos comerciais.
Em Porto Alegre, São Paulo e Goiânia, as variações foram, respectivamente: 15,65%, 15,30% e 15,25%, entre março e abril. 

Batata

A batata, pesquisada no Centro-Sul, teve o preço majorado em 8 das 10 cidades.

Óleo

O óleo de soja, que já mostrava trajetória de alta, teve o preço médio maior em 14 cidades, com destaque para Recife (6,37%). Além do grande volume exportado de soja, o óleo degomado vinha sendo usado para a produção de biodiesel, provocando redução da oferta interna.

Em abril, a demanda para produção do biocombustível diminuiu bastante devido à pandemia, o que pode se refletir nos valores da lata de óleo de soja nos próximos meses.

Carne

A carne bovina de primeira teve o preço majorado em 13 capitais, o que pode ser influenciado, em parte, pela maior facilidade em coletar, por telefone, os valores junto aos açougues. Confira o relatório do dieese:

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