Atualmente o Brasil conta com 13,2 milhões de mulheres inseridas no mercado de trabalho com carteira assinada. Deste universo, 1072 estão aqui no Espírito Santo e são vigilantes patrimoniais.
A luta das mulheres no mercado de trabalho tem sido árdua e longa. Com os anos, muitos direitos foram conquistados, mas elas ainda estão longe de alcançar um cenário igualitário e justo.
Apesar dos direitos já conquistados pela mulher no mercado de trabalho, ainda há muitos desafios pela frente. Segundo o IBGE divulgados em 2019, 65% da mão de obra geral do mercado ainda é masculina, em comparação com 45% feminina.
Ainda segundo a mesma pesquisa, as trabalhadoras brasileiras podem receber até 20% a menos que os homens. Mesmo quando têm ensino superior e exercem a mesma função.
Outro grande desafio ainda enfrentado por muitas mulheres é a jornada dupla de trabalho.
Como os serviços domésticos ainda são atribuídos quase exclusivamente a elas, as mulheres precisam dividir o seu tempo entre o trabalho de dentro e fora de casa. E não é pouca coisa!
São elas as responsáveis por limpar, cozinhar, fazer compras, administrar as contas e cuidar dos filhos. E ainda cumprir as jornadas externas do mercado de trabalho.
Apesar das diferenças e dificuldades, a presença das mulheres no mercado de trabalho está cada dia mais forte e a tendência é aumentar. Esbanjando competência e qualificação, as mulheres estão ocupando cargos de liderança e provam que lugar de mulher é onde ela quiser.
História das mulheres no mercado
A Primeira Revolução Industrial, que transformou completamente o universo do trabalho aconteceu em 1760 na Inglaterra. Com o surgimento das fábricas, o setor agrário e as atividades artesanais foram sendo levados para dentro das indústrias. Esta nova realidade deu uma nova definição para os papéis sociais e a atuação de homens, mulheres e crianças.
Foi a primeira vez que um grupo grande de mulheres começou a trabalhar fora de casa, promovendo certa autonomia e independência a elas e servindo como fagulha para o surgimento de movimentos pelos direitos das mulheres.
No dia 8 de março de 1917, milhares de russas se reuniram em uma passeata pedindo os direitos para o gênero feminino, bem como o fim da guerra e do desemprego. Assim, nos anos seguintes, o Dia das Mulheres continuou a ser celebrado naquela data pelo movimento socialista, na Rússia e nos demais países do bloco soviético.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a indústria têxtil era a que mais contratava mulheres na década de 1840, mas as más condições de trabalho e os problemas oriundos dessa situação provocaram protestos e, consequentemente, restrições para proteger mulheres e crianças.